6 de maio de 2016
Embora a Espanha não seja um país com uma longa tradição nuclear (temos apenas seis usinas nucleares ativas), a radioatividade está mais do que presente em nosso território. E ao contrário do que se possa pensar, as áreas com maior radioatividade não são próximas a usinas nucleares ou instalações nucleares (cemitério, fábrica de combustível).
As áreas com maior radioatividade estão longe das usinas ativas e são o sul da Galiza, o sul de Castela e Leão, o norte da Extremadura e Madrid. O culpado é a presença de radônio, um gás radioativo que se origina naturalmente do urânio subterrâneo.
O radônio é um gás radioativo sem cor ou odor que ocorre naturalmente a partir da decomposição de elementos radioativos, como o urânio, que estão presentes em diferentes quantidades no solo e nas rochas, principalmente naqueles com componente granítico. Segundo a OMS, estima-se que a proporção de casos de câncer de pulmão atribuíveis ao radônio em relação ao total varie entre 3% e 14%, dependendo da concentração média de radônio no país correspondente.
O perigo está especialmente nas nossas casas, pois algumas construções utilizam materiais com elementos contaminados nas paredes e nas caves. Para evitar uma possível contaminação, basta ventilar os cômodos com freqüência, principalmente porões e garagens, já que o radônio é um gás pesado.
Fonte: O Atlas da Espanha tóxica: esta é a geografia da poluição em nosso país
[+] Videos de nuestro canal de YouTube
