7 de agosto de 2015
Os recrutadores de talentos na América Latina estão examinando a Venezuela em busca de profissionais de baixo custo, em um momento em que a profunda crise econômica no país deixou muitos trabalhadores qualificados ganhando menos do que motoristas de táxi ou garçons, de acordo com um trabalho publicado no portal Reuters.
Venezuelanos altamente treinados escapam da crise econômica em que muitas vezes precisam procurar um segundo e um terceiro empregos, e passam horas em filas para comprar produtos básicos como leite ou fraldas. A crise criou um mercado fértil para empresas de headhunting regionais e globais como Korn Ferry, Caldwell Partners e Stanton Chase.
Entre os profissionais mais requisitados estão especialistas em tecnologia, com poucas oportunidades no setor privado venezuelano, e engenheiros de petróleo e gás, relutantes em trabalhar para a estatal PDVSA.
Andreina, de 35 anos, ganhava US $ 300 por mês, ao preço do mercado paralelo, como gerente de assuntos corporativos de uma grande multinacional em Caracas. No Linkedin, ela foi rapidamente contatada por uma empresa equatoriana e passou a ganhar US $ 2.500 por mês, menos da metade do que pagam naquele mercado.
O controle do câmbio bloqueia o bolívar a uma paridade de 6,30 por dólar, mas em grande parte da economia a taxa do mercado paralelo comanda, que agora está em 687 bolívares por dólar.
Fonte: Aproveitam a crise venezuelana para atrair profissionais
Ilustração: ProStockStudio via Shutterstock
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